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"Eu Tenho Um Sonho" é o nome popular dado ao histórico discurso público feito pelo ativista político estadunidense Dr. Martin Luther King, Jr., no qual falava da necessidade de união e coexistência harmoniosa entre negros e brancos no futuro. O discurso, realizado no dia 28 de agosto de 1963 nos degraus do Lincoln Memorial em Washington, D.C. como parte da Marcha de Washington por Empregos e Liberdade, foi um momento decisivo na história do Movimento Americano pelos Direitos Civis. Feito em frente a uma platéia de mais de duzentas mil pessoas que apoiavam a causa, o discurso é considerado um dos maiores na história e foi eleito o melhor discurso estadunidense do século XX numa pesquisa feita no ano de 1999. De acordo com o congressista John Lewis, que também fez um discurso naquele mesmo dia como o presidente do Comitê Estudantil da Não-Violência, "o Dr. King tinha o poder, a habilidade e a capacidade de transformar aqueles degraus no Lincoln Memorial em um púlpito moderno. Falando do jeito que fez, ele conseguiu educar, inspirar e informar não apenas as pessoas que ali estavam, mas também pessoas em todo os EUA e outras gerações que nem sequer haviam nascido." 

“Eu tenho um sonho”, essas palavras acaloradas de amor ao próximo e uma paixão missionária incendiaram 200.000 pessoas a desejarem a paz entre negros e brancos. No Mali, oeste africano, uma nação com treze milhões de habitantes divididos em duas classes sociais: pobres na (linha da miséria) que vivem as margens de uma vida digna, sem casas, sem comida, roupas, emprego, saúde, escola, sem sonhos... Ao contrário da pequeníssima minoria considerada rica. Afinal sonhar com o que? Que futuro pode imaginar ter um jovem africano no Mali? A terra das oportunidades não chegou ao campo de sua visão. O futuro de sucesso esta tão distante quanto o sol da lua, sonhar com o que, se eles vivem um dia de cada vez, comem uma refeição de cada vez. Isto é, a esmagadora maioria não possui perspectiva de vida nem ao menos para o dia seguinte.

Não há diferença entre os dias, exceto a sexta feira, dia de oração nas mesquitas. Nos outros dias a vida é igual, tentando vencer mais algumas horas e não mais alguns dias. A maioria consegue comprar o alimento que comerá em sua próxima refeição sem saber se o poderá fazê-lo no final do dia. Milhões não possuem uma perspectiva alimentar nem mesmo de seus próprios filhos. Sendo assim sonhar com o que? Sonhar com uma terra próspera e abençoada, quando a chuva é escassa? Sonhar com um país cheio de indústrias quando sua liderança não permite nem que suas riquezas naturais sejam exploradas, sonhar com o que? Faculdade, profissão, reconhecimento, casa própria, dignidade? Talvez isso seja fácil para nós brasileiros que, mesmo vivendo em um país abençoadíssimo por Deus não conseguimos ver o futuro que nos aguarda. Mas paz os africanos do Mali sonhos não fazem parte de seus vocabulários. Afinal de contas suas vidas são marcadas pelo desprezo, sofrimento e a exploração em todos os níveis.

 

Uma terra sem sonhos é uma terra sem futuro

 

Sonhos fazem parte da construção de um projeto de vida. Um projeto de vida é a antevisão do futuro. Como poderão essas nações africanas que preenchem a janela retangular do oeste ao nordeste ter uma atitude de mudança rumo ao futuro, se não conseguem sonhar com ele, nem mesmo vislumbrá-lo ao longe.

Você quer discordar disso, pergunte o que sente um pai, entre milhares, que perdeu filhos e filhas ainda crianças morrendo de fome. Pergunte o que sente uma mãe que vê seu filho nascer, o amamenta e percebe aos poucos que a vida o vai deixando porque não há mais leite em seu seio e nem comida em sua mesa. Que futuro

 

essa família consegue ver, que sonhos eles conseguem gerar?

Quem consegue sonhar com um futuro brilhante se o máximo que consegue ver é a esperança de plantar um pouco de grãos em uma terra sequíssima que sente o cheiro das águas uma vez ao ano, quando vem, e somente assim consegue colher um pouco de grãos que os alimentara durante pouco tempo.

Como pensar e sonhar com o futuro se não há escolas para seus filhos e nem saúde para seus corpos. Suas casas feitas de barro os acolhem durante as noites e tempos de chuva, sem luxo, sem conforto, sem as mínimas condições de saneamento os faz lembrar diariamente do desafio de viver em uma terra sem sonhos.

Água, o bem mais precioso da vida, no Mali é preciosíssimo, vale mais que reinos inteiros. Embora cortado pelo Rio Níger sua gente pouco usufrui dessa riqueza, pois não há como trazer essa água aos lugares áridos e secos. Resta a esses africanos sofridos, cavarem seus pequenos poços e encontrar uma água lamacenta, com as quais saciam sua sede e os anima a viver mais um pouco.

Banhado de sol e areia, Bamako, a capital no sul do Mali abriga quase dois milhões de africanos que disputam um grão de arroz e uma fatia de pão em meio as vielas poeirentas e de esgoto a céu aberto. Nesse lugar é um misto de necessidade com desengano, milhares de pessoas vivem, trabalham, lutam e se esforçam porém, não se vê uma iniciativa empreendedora nem ao menos em suas casas, vivem como que aprisionados ao sistema de vida ditado pelo tempo de sofrimento. É como se as pessoas vivessem sem expectativas, incapaz de acreditar em algo maior do que sua realidade nua e crua.

Movidos pelo sentimento de revolta, o africano ao mesmo tempo em que é altamente agradecido e amável, carismático e amoroso são desconfiados, explosivos e indiferentes com eles mesmos. De tanto sofrer o abuso mercantilista e escravizador do mundo dos brancos, pois desde que a África foi povoada seu povo sofre com a exploração de suas riquezas e mão de obra escrava. Raras são as famílias que não possuem uma história triste para contar, seja em função da guerra civil ou na luta para não serem massacrados por suas terras. Isso fez de um continente um submundo aos olhos do resto do globo, pois lá está, a região mais pobre do mundo, o maior índice de mortalidade infantil, o maior número de pessoas sem as mínimas condições de sobrevivência, o maior abandono da sociedade internacional.

Quando falamos de evangelho, falamos de uma terra virgem, inexplorada, inalcançada. Milhões debaixo do engano, da escravidão de Satanás, dominados pelo medo, pelo ódio, pela decepção e pela religião que lá (refiro-me aos países da janela 10/40) é opressora ao invés de libertadora. Sem contar os muitos nichos animistas, satânicos que são massivos e poderosos. Portanto a África, como um todo, vive as margens de uma vida digna de filhos do Reino de Deus, porém, especificamente nos dezessete países africanos que compõe a janela 10/40 Benin, Argélia, Burkina, Cabo Verde, Chade, Djibuti, Etiópia, Gâmbia, Guiné, Guiné-Bissau, Mali, Níger, Senegal. Líbia, Marrocos, Mauritânia, Sudão, Tunísia, o evangelho não alcançou liberdade, sua propagação é tímida e ameaçada, constantes ataques muçulmanos radicais geram milhares de vítimas. Estamos falando de 373 milhões de almas sem Jesus, somente na faixa da janela não contando os outros 600 milhões dos países abaixo da linha do Equador. É por essa razão que todo trabalho focado na África é ainda pouco, há muito que fazer para contarmos com tão pouca iniciativa.

 

Os vossos jovens terão visões e vossos velhos sonharão sonhos

 

Para jovens ter visões não é muito difícil, mas para velhos sonhar é preciso muita coisa acontecer. Como podemos dizer aos anciãos africanos que eles devem sonhar e acreditar em uma África livre, não apenas politicamente, mas de alma. Como sugerir a eles que tenham plena paz pois grande é o futuro de suas gerações se tudo que viram até agora foi constante estado de dependência e miserabilidade.

Alguém pode ate arriscar e dizer, mas a ONU envia comida, a America e outros ajudam! Até parece piada, os milhares de contêineres de comida e roupas enviados pelos cidadãos do mundo, cheios de compaixão, raramente chega a quem de fato precisa. Mas milhares de armas cruzam as fronteiras e armam crianças, mulheres e homem que morre por não por um ideal, pois a única coisa que lhes resta é matar e morrer por algo que ao menos lhe de comida. A indústria bélica do mundo poderia reduzir a zero a situação da pobreza na África. A indústria da corrupção poderia construir um continente de oportunidades a milhões de africanos que pensam que são livres.

 

Liberdade

 

Até onde a arqueologia ensina o continente africano vive 10.000 anos de escravidão e nos últimos 60 alcançou a liberdade tão sonhada, anelada por mais de 9.000 anos. As maiorias dos países africanos possuem um pouco mais de 50 anos de independência, entretanto suas vidas ainda estão como escravizadas. Escravizadas pelo sistema, pela corrupção, pela fome, pela insuficiência de recursos, porém, a pior clausura é a de alma. Estão livres politicamente, porém suas almas ainda estão presas à dependência de seus senhores do passado. É perceptível na vida do africano a falta de idéias, perspectivas, espírito empreendedor.

Nas pequenas coisas se vê essa dificuldade, gerada pelo sofrimento. Não se vê a iniciativa para colocar uma telha que caiu no lugar certo, nem tão pouco remover o lixo da frente de sua casa. Não há iniciativa para plantar uma horta, cavar um buraco, buscar alternativas de sobrevivência. Não é que há um imenso peso de preguiça nas pessoas, é que estas viverem milênios sem perspectiva alguma, a menor delas, não há sonhos de vida melhor nem esperança de um futuro brilhante. O mundo subjugou a África, agora o mundo precisa ajudar a tirar esse jugo que não é somente econômico. Existem milhares de jovens que querem estudar, ser alguém, mas não há possibilidades. Primeiro pela negligencia governamental (pois em certos países é bom que a população seja alienada, facilita o ditatorialismo), segundo a insuficiência de recursos somada com incerteza e terceiro a indisposição de tentar fazer diferente. Existem inúmeras oportunidades de negócios, de plantações, de empreendedorismo que se levada aos países africanos revolucionam suas vidas. O africano é o ser humano mais corajoso que conheço, pois desafia a própria vida todos os dias, afinal a maior aventura é tentar viver mais um dia. São trabalhadores, são esforçados, animados e alegres, porém suas mentes não geram idéias. Não criam oportunidades, não plantam sonhos.

Conheci alguns africanos que me surpreenderam. Ao poder comprar 3 quilos de arroz ele fatia esse produto e venda em pequenas porções em uma banca na frente de sua casa, isso porque ele sabe que do lucro daquelas pequenas porções ele terá a porção de sua família, a cada dia. Isso me prova que dentre eles existem aqueles que possuem uma mente disposta a buscar o novo, empreender, recomeçar, inventar, tentar.

Nós cristãos brasileiros achamos que tudo que o africano precisa é de nossa ajuda financeira mensal. Esta implícito em nossa cultura. Nossas igrejas dizem, movidas pelo que seus pastores dizem, “precisamos ajudar a áfrica, envie sua oferta para que o missionário tenha comida na mesa”.  Mas não é só isso, a África precisa mais do o peixe, eles precisam das varas, das iscas e até do rio. Mas é preciso ir mais além! De que adianta chegar em países africanos e lhes oferecer ferramentas, máquinas, negócios e varas de pescar, pois eles dirão: “o que podemos fazer com isso?” É necessário um investimento consistente e permanente em três áreas, na infra-estrutura, na espiritual e na educacional. Se quisermos mudar a áfrica teremos que trabalhar em todas as áreas, ainda que isso nos pareça ser um pontinho em meio ao vasto oceano, porem outros fazem e farão como nós, assim em vinte anos poderemos ver ao menos uma região transformada.

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